Olá, meus amigos! Espero que estejam bem. Nos últimos anos, devido a algumas figuras políticas, os significados de conservador e autocrata têm sido confundidos. Mas, como podemos entender o pensamento e os objetivos de uma figura autoritária? Antes de falarmos sobre como essas duas ideologias tem se confundido, precisamos observar como isso aconteceu no passado, para então realizarmos a associação correta. Vamos lá!
Temos muitos casos de países que sucumbiram a regimes totalitários e autoritários, como a Alemanha nazista ou até em casos mais recentes, a Coreia do Norte. Mas, nesse caso específico, vamos tratar sobre a Itália fascista de Mussolini. O contexto da época era do final da revolução russa e o comunismo estava em expansão. A resposta de alguns países a isso foi um medo dos regimes socialistas se expandirem e estabelecerem. O problema é que essas respostas na maioria dos casos não eram boas. No caso da Itália, Mussolini, então primeiro-ministro, aproveitou o momento para implantar ideais autoritários no país e passou a perseguir opositores ao seu governo. Lembrando que tudo isso acontece no período entre as 1ª e 2ª guerras mundiais.
O que falamos acima é como funcionava o regime fascista na prática. Para completarmos a distinção com o conservadorismo, precisamos entender como era na teoria. A figura que era vendida do regime da época era do pai de família que trazia o sustento para casa. Naquele contexto, o fascismo incentivava o crescimento populacional, para alimentar sua premissa de que o homem vivia para lutar pelo seu país. Logo, quanto mais homens o exército tivesse, melhor para os interesses fascistas. Se observarmos, vamos entender que esse regime totalitário se utilizou de ideais conservadores e de família para fortalecer. Mas, a questão é que o conservador não é a favor do nacionalismo. Ele não defende o fortalecimento excessivo do Estado. Diferentemente do autoritário, o conservador defende que o poder público deve cumprir suas funções mínimas, como saúde, segurança e educação. Os ideais conservadores defendem a pluralidade religiosa. Vamos olhar um pouco mais no passado. Um dos primeiros atos de Stalin após assumir a União Soviética, foi queimar os templos religiosos. Temos outra diferença. Além disso, o conservador é a favor da repartição do poder em diferentes grupos, a fim justamente de evitar regimes autoritários. O autocrata acredita que o Estado máximo pode fortalecer uma nação e que restringindo a liberdade do cidadão o governante pode obter melhores resultados para o país. Essas são apenas algumas diferenças.
Precisamos sempre fazer esse tipo de reflexão, para que não voltemos a cometer os mesmos erros de gerações passadas, como permitir que figuras autoritárias ameacem a nossa democracia e consequentemente as nossas liberdades enquanto cidadãos. Em quase todos os casos de regimes autoritários, a população apoiou a figura que subiu ao poder e logo após, pouco a pouco os direitos daquela sociedade foram sendo caçados. No caso da Itália, por medo da potencial expansão do comunismo, a população pensou que dar poder aos ideais fascistas era a melhor opção naquele momento. E sabemos como isso terminou. Por isso, devemos perceber pequenos sinais que possam nos mostrar o quanto aquela pessoa pode ferir tudo que lutamos para construir, enquanto nação. Obrigado por ficar até aqui. Em breve, voltaremos com o último artigo da nossa série sobre conservadorismo. Um abraço a todos e até a próxima!