Olá, meus amigos! Espero que estejam bem. Finalizando hoje a última parte da nossa série de artigos sobre conservadorismo, iremos trazer uma abordagem mais atual e falar também sobre como os conceitos que trouxemos antes podem ser aplicados e entendidos no nosso atual contexto.
Assim como no passado, hoje em dia existe uma tendência de que o conceito seja distorcido. Podemos observar que, em muitos casos, se utiliza o conservadorismo como desculpa para tendências autoritárias. Com a ascensão dos movimentos de extrema direita durante o último processo de impeachment, isso se agravou um pouco mais. Em nome de princípios de família, várias dessas iniciativas se utilizaram de violência para transmitir suas respectivas mensagens. Mas, será mesmo que um conservador pensa dessa maneira? Como o próprio nome diz: conservar. Geralmente, esse tipo de ação tem a intenção de derrubar um governo, ou instaurar uma espécie de caos social ou anárquico.
O conservador sempre será a favor da ordem. Isso não significa dizer que seria a favor da manutenção de um regime autoritário, por exemplo. Mas, visa-se, sim, a permanência das liberdades individuais e da democracia, como explicado no primeiro artigo. Precisamos entender que, para aplicarmos o conservadorismo nos dias atuais, é necessário entender que figuras políticas com potencial autoritário sempre vão surgir. Apesar de termos os freios e contrapesos constitucionais para assegurar a democracia, ainda assim, é papel de todo cidadão fiscalizar a atuação dos poderes.
Um dos principais precursores do totalitarismo é a crise. Vamos fazer um pequeno exercício histórico e voltar às principais revoluções e golpes que culminaram em regimes autocráticos. Na Alemanha, após o fim da 1ª Guerra, a moeda local estava tão desvalorizada, que os soldados faziam fogueiras de dinheiro para se proteger do frio. Logo em seguida, Hitler surge com seu discurso de “resgatar os valores da nação”. O final disso já conhecemos. Semelhantemente na Itália, o 1º ministro estava praticamente sem prestígio, devido ao período da grande depressão, que colocou a economia mundial em cheque. Isso contribuiu para a ascensão de Mussolini. Na extinta URSS, o país inteiro passava fome e isso possibilitou a série de revoluções que lá ocorreram, com a expansão do socialismo. Infelizmente, o nosso país tem vivido de crise em crise. O nosso papel de cidadãos deve ser exercido nas urnas, sabendo escolher quem vai comandar o nosso país. É assim que vamos exercer o nosso conservadorismo. Lutando por um país melhor e escolhendo as pessoas certas para governá-lo. Obrigado a todos que acompanharam essa série de artigos. Em breve traremos mais assuntos do seu interesse aqui. Um forte abraço!