Como bandeiras de esquerda podem prejudicar o conservadorismo?

Olá, meus amigos! Espero que estejam bem. Continuando a nossa série de artigos sobre conservadorismo, hoje iremos tratar de um tema que é ao mesmo tempo antigo e atual. Nos últimos anos, a polarização contribuiu para o crescimento e ênfase das bandeiras ideológicas. Dentre elas, as que mais ganharam notoriedade foram as de esquerda, devido ao seu discurso carregado de atratividade. Em uma entrevista ao canal CNN, o ministro da economia Paulo Guedes disse que é muito mais fácil ser de esquerda do que qualquer outra bandeira mais liberal, devido ao seu discurso mais chamativo. Podemos perceber isso quando olhamos a fundo suas narrativas. Para isso, precisamos voltar um pouco no tempo para observarmos dois pensadores cruciais para os ideais de esquerda que conhecemos hoje. E depois faremos um apanhado dessas ideias e de como elas podem prejudicar as nossas estruturas e instituições sociais.

O primeiro deles muitos de vocês já conhecem. Estamos falando de Karl Marx (1818-1883), que aparece em um contexto de revolução industrial e conquista muitos seguidores quando critica o que conhecemos como capitalismo. Não vou fazer o exercício de isentar o capitalismo de todos os problemas sociais. Mas, com certeza é o melhor regime que temos no momento. Voltando ao pensamento de Marx, ele busca enxergar uma sociedade utópica, em que tudo pertence ao Estado e as pessoas, independente da contribuição, recebem de maneira igual. Segundo Marx, isso seria uma fórmula ideal para sustentar uma sociedade. Na teoria, realmente é uma fórmula “promissora”. Mas, o que aconteceria se você tivesse que trabalhar para receber o mesmo pagamento de uma pessoa que não trabalhou para tal? Você ficaria motivado a trabalhar mais? Faça essa reflexão. A tendência é que a população trabalhe cada vez menos e que a nação não consiga se manter. Basta observarmos os países que adoram esse tipo de regime ou semelhante. O auge de qualquer sistema desse tipo é a falência do Estado, pois não se sustenta. Mas, partindo do princípio fácil de se concluir, existem outros autores que encontraram formas mais “sorrateiras” de implantar um regime de esquerda. 

Aqui temos o que mais se aproxima da esquerda que conhecemos hoje. Antonio Gramsci (1981-1937) é um intelectual que traz em suas obras uma narrativa mais disfarçada à tomada do poder. Para que venhamos a nos estender muito, ele diz que os princípios de esquerda devem tomar os locais mais ligados ao conhecimento. Hoje, a universidade (principalmente as públicas) são os maiores redutos da esquerda que podemos encontrar na sociedade. Basta percebermos que todos autores que são inseridos nas disciplinas teóricas e filosóficas, geralmente são de esquerda. Junte isso ao fato de que a nossa sociedade criou um senso comum de que uma pessoa só pode ser bem sucedida se cursar uma universidade. Não estou dizendo que não se deve estudar. Mas, não podemos fechar os olhos para essa questão. 

Ao realizar o aparelhamento dessas instituições, a esquerda consegue manipular a opinião pública e fazer cada vez mais “certo” os discursos que visam tirar toda a importância da família e dos costumes tradicionais que conhecemos. Como citado no artigo anterior, o conservadorismo visa estabelecer uma sociedade mais organizada e mais distante da desordem. Visa manter valores que nos permite permanecer próximos dos nossos valores, enquanto pessoas. Durante a ditadura militar, grupos de guerrilha atuaram para combater o atual governo. Mas, em várias feitas já foi mencionado em entrevistas que a intenção nunca foi restabelecer a democracia e sim instalar uma outra ditadura, sendo essa proletariado, em que veríamos um cenário semelhante a países como Venezuela, Cuba e a extinta URSS. 

Nossa intenção aqui é, através do conhecimento, alcançar o esclarecimento de que regimes de esquerda podem e são muito nocivos ao que conhecemos como democracia e visam em seu auge destruir qualquer tipo de ordem social. É nosso dever lutar contra bandeiras que sejam criadas para ir contra tudo que construímos enquanto sociedade. Obrigado por ficarem até aqui e em breve nos veremos em mais um artigo dessa série sobre conservadorismo.